Jornal Hoje - 02 setembro 2009 Tempo: 2 min 23 segundos
Para sete mil crianças que vivem num morro, na zona sul do Rio, o espaço do projeto é o quintal de casa. Andressa frequenta o espaço desde os oito anos. Hoje aos 15, ela é monitora do apoio escolar. Cresceu aqui com a certeza de poder acreditar nos próprios sonhos.
“Você sabe que antes você tava ali e agora você esta tentando ensinar, passar o que você aprendeu antes”, diz Andressa, monitora.
Na biblioteca o espaço é livre para o que elas quiserem fazer. Ler, navegar, pintar ou simplesmente brincar. E assim as professoras conseguem dar apoio ao que eles aprendem na escola.
“A gente tem como objetivo fazer com que essas crianças desenvolvam o que hoje é o maior objetivo da escola em si, da escola formal que é o que: é o ler, o escrever, o interpretar, o contar”, comenta Roberta Silva, professora.
Muitos aqui nunca tinham tomado banho de piscina. As duas primas gostaram tanto que viraram campeãs.
Em cada aula a principal preocupação dos professores é com o futuro destas crianças e adolescentes. Eles querem que as lições ensinadas aqui sirvam no esporte, na escola, pra profissão, por toda a vida.
“Respeito às regras, respeito ao colega, respeito ao árbitro”, diz o professor.
“Aqui eles passam a ter uma identidade e a saber o que eles querem e o que eles podem”, comenta Norma Reis, coordenadora pedagógica.
“E o que você quer ser quando você crescer?”, pergunta a repórter.
“Tem tanta coisa, mas de preferência eu quero ser ator, para dar um bom futuro para os meus filhos”, diz Alan Lopes, 13 anos.
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